domingo, 15 de março de 2009

Joelma está pronta pra conquistar o mundo

Ela é quase tão famosa quanto a Madonna– pelo menos no Brasil. E se a material girl não se cuidar, ela vai lá e ocupa o trono de musa do pop. Joelma, que já vendeu mais de dez milhões de discos ao lado do marido Chimbinha, faz agora voos ainda mais altos: “Vamos para os Estados Unidos, seis países da Europa, África e Japão”, diz ela, em entrevista exclusiva, por telefone, ao caderno Você.

Determinação ela tem de sobra. “Estou estudando música e inglês”, diz a loira, que é responsável ainda pelas coreografias dos shows. Shows que, aliás, exigem da cantora fôlego de atleta. “Nem sei quanto perco em cada apresentação. Só sei que entro no palco com um corpo e saio com outro”, diz Joelma. São duas horas cantando e dançando sem parar e ainda cinco trocas de roupa. Para manter o pique, ela faz musculação e tem alimentação reforçada de segunda a quarta. De quinta a domingo, quem manda é o público.

Entre a carreira e a família

A rotina da banda Calypso é intensa, mas hoje Joelma e Chimbinha já conseguem dedicar mais tempo aos três filhos: Natália, 19, Yago,13, e Yasmin, 4. “Graças a Deus já conseguimos dividir melhor o tempo entre o trabalho e a família”, conta Joelma.

Mas, como todo casal que trabalha junto, nem sempre é possível separar as duas coisas. Tanto que os filhos do casal já estão envolvidos, de alguma forma, com a carreira dos pais. “Yasmin começou a cantar comigo no novo CD, enquanto a Natália toma conta da nossa fábrica de roupas”, explica. “O Yago estuda guitarra e piano, mas é mais tímido”, diz Joelma, entre risos.

Pergunto se trabalhar como marido não desgasta o relacionamento. Joelma é enfática:“A gente gosta de ficar o tempo todo junto, de fazer tudo ao mesmo tempo”, garante. Mas Chimbinha, sempre que possível, assume sozinho tarefas em relação à banda que não precisam necessariamente da presença de Joelma, como a divulgação nas rádios. “Ele me poupa nisso, porque eu tenho que descansar”.

Um descanso que algumas vezes acaba sendo forçado por outras circunstâncias, como foi o caso da recente perda de um bebê sofrida pela cantora. “Eu estava fazendo um tratamento, tomando uns remédios, e não podia engravidar, mas engravidei. O que aconteceu foi uma perda natural”, diz a cantora.

Janeiro e fevereiro são os meses mais tranquilos do casal,quando geralmente Belém é o roteiro escolhido para matar as saudades de parentes e amigos.“Ficamos muito tempo afastados daqui”, lamenta Joelma,suspirando antes de embarcar na turnê internacional. Quem perder os shows deste fim de semana tem que se programar para julho ou agosto, quando a Calypso grava um DVD pelos dez anos da banda. O local, claro, será o Mangueirão.

Faltaria tempo para concorrer ao Nobel, diz Joelma

Depois de gravar uma versão em inglês para a música “Acelerou”, a banda Calypso estuda a proposta de lançar um disco totalmente em espanhol.

O problema, diz Joelma, é a falta de tempo. E acreditem:faltaria tempo até para concorrer ao Nobel. “Soube da indicação no aeroporto por uma fã, que nos deu os parabéns”, conta Joelma, acrescentando que não seria possível atender a todos os critérios do prêmio.

A cantora revela que abriu uma fábrica de roupas em Almeirim,cidade onde nasceu, para ajudar na geração de empregos.“Temos muitos projetos sociais,mas nada pode depender da minha presença, porque meu trabalho me exige muito”,justifica.

A Calypso, que conquistou o Brasil cuidando do próprio negócio – desde a gravação até a prensagem e distribuição dos discos – mantém esse sistema até hoje, invertendo a lógica das grandes gravadoras. O problema agora é a pirataria, que “tomou conta de tudo”. “Não existe mais loja para colocar o CD; todas as lojas fecharam”.

Em tempos de crise no mercado fonográfico, o Calypso comemora um feito invejável: o novo disco da banda sai do forno com 200 mil cópias vendidas. Madonna e U2 que se cuidem. (Belém/ PA – Diário do Pará)

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